Informação sobre erisipela, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento da erisipela, assim como formas de melhorar os sintomas desta doença.


Prevenção da erisipela

São escassos os trabalhos que estudam o interesse ou a eficácia de eventuais medidas preventivas primárias no contexto das dermo-hipodermites agudas bacterianas. Tratando-se, na actualidade, de uma infecção bacteriana com prognóstico imediato extremamente favorável, a principal preocupação na abordagem de uma erisipela reside no efectivo controlo e tratamento dos factores que condicionam a sua elevada taxa de recidivas (prevenção primária). Em primeiro lugar deve assegurar-se o rigoroso cumprimento do tratamento, estimando-se que a insuficiente duração da antibioterapia é responsável pela recidiva em 65% dos casos.
A redução de peso, o tratamento adequado das patologias cardiovasculares que condicionam linfedema crónico (insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência venosa crónica, etc.) e a identificação e tratamento adequado de soluções de continuidade na pele constituem as medidas a considerar, de acordo com cada caso específico.
A correcta abordagem terapêutica do intertrigo interdigital de etiologia fúngica, infecção com elevada prevalência na população geral, assume particular importância uma vez que a sua erradicação permitiria evitar cerca de 60% das erisipelas. Na grande maioria dos casos a etiologia é dermatofítica e o seu tratamento inclui: medidas de higiene (secagem dos espaços interdigitais, uso de calçado arejado e meias de algodão), eliminação dos reservatórios de dermatófitos (unhas) e tratamento antifúngico tópico ou sistémico.
Por fim, em doentes com múltiplas recidivas, pode estar indicada a instituição de antibioterapia profiláctica (penicilina benzatínica 2.4 UM 3/3 semanas via intramuscular ou eritromicina 250 mg 12/12h via oral). Esta profilaxia deve ser prolongada, dado que o seu efeito é unicamente supressivo.